Não tenho da morte
Tenho é medo de viver!
A morte é algo que desejo
E a vida é algo que temo.
Dói quando sabes da verdade
E quando sabes da mentira também
Dói quando tens de sorrir
Quando só te apetece chorar
Julgam sem conhecer
Sem saber a tua história
Pelo que passas-te
É fácil falar e criticar
Difícil é ser ou fazer-se melhor
É fácil dizer “levanta-te”
Difícil é levantar
Quando as lágrimas correm pelo rosto
E ainda te chamarem anhada
Sentes um vazio, sentes-te na solidão
E acabas no chão.
© Maria Serpa